A Feijoada do Villar nasceu de minha imensa necessidade de fazer festa. Isso já é motivo de sobra - fazer festa.
Brinco com meus amigos e clientes quando me perguntam qual minha especialidade, obviamente referindo-se à fotografia. Então respondo sério que 'minha especialidade é festa’. Alguns ainda falam.
– Ah! Você gosta de fotografar eventos???
- Não, só gosto do evento, da festa, bagunça, entende?
Sempre quebra o gelo um pouquinho.
Outra coisa, é que sou apaixonado pelo Brasil, esse gigante deitado em berço esplêndido.
Feijoada é assim também. Olha a penúltima estrofe do Vinicius in, Feijoada à Minha Moda >>
“Que prazer mais um corpo pede
Após comido um tal feijão?
— Evidentemente uma rede
E um gato para passar a mão...”
Não tem nada mais brasileiro do que esse sentimento pós feijoada, unânimes na preguiça, no barulhinho macio de violão e pandeiro. As conversinhas morrendo nos ouvidos, lá longe, até o inevitável cochilo num cantinho qualquer.
Pra depois despertar e lavar a guela com cerveja e cair no samba novamente.
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