Bruce Dickinson

Batizado de Paul Dickinson, por razões desconhecidas, ainda jovem adotou o nome Bruce. Essa é só uma curiosidade para abrir este post. Hoje lembrei da música Tears of the Dragon do Balls to Picasso e até agora estou tentando lembrar que vocalista de grande banda conseguiu fazer uma série de discos reconhecidos e de grande qualidade.

Estou pensando até agora e nada me vem a mente. Rob Halford? Acho que não... Geoff Tate talvez? Hummm... não! Acho que apenas o Ozzy conseguiu consolidar uma carreira solo decente após sair de uma grande banda. Mas entre os discos do Ozzy e do Bruce eu me identifico mais com os discos do Bruce. Logicamente não dá para comparar o poder das guitarras do falecido Randy Rhoads com Janick Gers.

Talvez prefira os discos do Bruce por ter acompanhado sua carreira solo desde o lançamento do Tattooed Millionaire em 1990. Ainda no Maiden, o disco não teve grande impacto, mas durante a terrível fase da donzela sem o Bruce nos anos 90, ele nos entregou 4 álbuns em 5 anos, entre 1994 e 1998. Recentemente gravou em 2005 o Tyranny of Souls, mas eu gosto mesmo é dessa fase 94-98



1994 - Balls to Picasso:
Que pedreira! Tears of the Dragon que foi exaustivamente tocada nas rádios é um épico (na minha opinião), posso ouví-la todos os dias e tenho certeza que nunca me cansarei. Destaque para 1000 Point of Light. Esse disco mistura um grande épico com músicas medianas. É um disco que dificilmente coloco para ouví-lo de ponta-a-ponta.


1996 - Skunkworks:
Disco mediano, mas com a participação de Adrian Smith! Também não é um disco para se ouvir inteiro, mas dá pra aumentar o volume em Inertia. Desta fase 94-98 é o que eu menos "gosto".


1997 - Accident of Birth:
Não tem nenhum "hit", mas é um disco para se ouvir inteiro, é um disco intrigante, furioso. A sequência de Man of Sorrows, Accident of Birth e The Magician não é para iniciantes!

1998 - The Chemical Wedding:
Meu favorito entre os quatro álbuns desta fase, consistente, esforçado e sofrido. Este disco veio entregar para os fãs de Maiden tudo o que o Blaze Bayley não conseguiu fazer na banda. Como seu predecessor, é para ouvir inteiro e sem interrupções. Músicas marcantes: King in Crimson, Chemical Wedding, The Tower e a quase infinita The Alchemist que encerra o disco.

Esta fase não volta mais. Mesmo com o Tyranny of Souls de 2005, Paul, ou melhor, Bruce está bem concentrado no Maiden com grandes turnês mundiais. Creio que ele colocou grande parte de sua energia e inspiração que não conseguia expor no Maiden nos 4 discos de 94-98. Não apostaria que ele está mais com tanta inspiração. Bons tempos por um lado (carreira solo do Bruce), péssimo tempo por outro (Maiden: para ser esquecido, queimado e enterrado!)

Marcão, conto com tuas tradicionais contribuições como grande fã de Maiden!

Para terminar, como sempre gosto de fazer uma pergunta: que vocalista de grande banda te marcou em carreira solo?

jk