segunda-feira, 26 de abril de 2010

Megadeth // SP // 24.04.2010

por Tatiana Giglio

O trânsito tipicamente paulistano já anunciava uma grande noite de trash metal no Credicard Hall/SP.
Camisetas pretas “do mal” por todos os lados, tachas, cabelos compridos e uma galera muito estranha, como já de costume, criavam um enorme alvoroço para o último show da tão aguardada turnê comemorativa de 20 anos do álbum RUST IN PEACE do Megadeth.


Enquanto eu e o Gu brindávamos com uma Petra Premium (aprovada hein, furas!) no alto de nosso camarote bem playboy (hehe), lá embaixo, as pistas premium e comum estavam lotadas de fãs bem ansiosos. Ansiosos, obviamente, pelo setlist arrebatador e pelo retorno de David Ellefson, baixista e membro original da banda.

No palco, o background com a capa do RIP estava intacto: não haveria nenhuma banda de abertura, apesar dos boatos.
Por volta das 22h20, as luzes apagam e começa Dialetic Chaos, do último disco, o Endgame, marcando a entrada triunfal de cada membro – dividindo grandes aplausos e gritos entre os dois últimos, Ellefson e Mustaine.

O frontman entrou calado e aparentemente insatisfeito com falhas técnicas, que foram logo corrigidas. Em seguida, This Day We Fight (do novo Endgame. Música inspirada em Aragorn do Senhor dos Anéis), In My Darkest Hour (famosa música em homenagem a Cliff Burton), a ótima surpresa de Sweating Bullets e, a famosa Skin O’ My Teeth para fechar o primeiro bloco e iniciar uma tímida saudação de Mustaine ao público.

Cumprimentou e agradeceu aos fãs rapidamente, e comentou que o fato de não haver banda de abertura possibilitaria um setlist maior do que os shows anteriores e ainda completou: “Sabemos porque estamos aqui”.
Sorrisos à parte, iniciou-se a execução de Rust in Peace em sua ordem original. Em coro, vibramos com Holy wars, Hangar 18, e as ovacionadas Take no prisoners e Five Magics – a última com grande incentivo e empolgação de Ellefson, que definitivamente roubou a cena.

A banda estava em perfeita sincronia, não só musicalmente, mas estavam bem entrosados e tocando com prazer, mesmo. Poison was the Cure, Lucretia, a sensacional Tornado of Souls e, novamente, um dos ápices da apresentação ficou por conta do carismático Ellefson em seu solo de baixo em Dawn Patrol. O Gu até ficou emocionado que eu sei. Para finalizar RIP, a destruidora Rust In Peace…Polaris. De todo o álbum, é inexplicavelmente, a que mais gosto, a que mais aguardava, e a que menos esperava ouvir ao vivo algum dia, hehe. “That was RIP, thank you very much” – encerrou Mustaine. ;)

Um breve intervalo para tomar fôlego e lá estávamos todos nós cantando em coro outro hit, Trust. Em mais uma das raras conversas com o público, Mustaine pediu a participação da plateia em Headcrusher e The Right to go Insane, ambas pouco conhecidas por serem do novíssimo Endgame.

Obviamente, as duas foram a deixa para sentar no sofázinho e recarregar as baterias por alguns minutos. Outra surpresa agradável foi She-wolf, sempre muito bem recebida. A poderosa Symphony of Destruction seria então a música de encerramento do show.

Após 5 minutos de pedidos de bis – com o trechos “Peace Sells..but who’s buying?”, um Mustaine sem camisa – e mais simpático – reaparece com o hit A Tout Le Monde.
Finalmente, para encerrar as 2 horas de show, a clássica Peace Sells fez com que público e banda se despedissem muito satisfeitos.

O show foi muito mais animal do que eu esperava! Setlist com 21 músicas fodas, poucas falhas, público animado, e desta vez, não precisei subir nos ombros de irmão nenhum para conseguir VER alguma coisa.


BOA!

Furabeijos,
Tata Giglio

fotos de Adriana Farias do Whiplash.net.


Setlist:

Dialetic chaos
This day we fight
In my darkest hour
Sweating bullets
Skin of my teeth


Holy wars
Hangar 18

Take no prisoners
Five magics
Poison was the cure
Lucretia
Tornado of souls
Dawn patrol
Rust in peace... Polaris
Trust
Head crusher
Right to go insane
She wolf
Symphony of destruction

A tout le monde
Peace sells

2 comentários:

  1. sinais da idade:

    1) vontade de ir a shows é quase nula
    2) o primeiro show que fui do Megadeth foi há mais de 15 anos...
    3) sábado as 22:20 eu estava no sofá assistindo filme...

    sim, estou virando um tiozinho intolerante

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  2. Velho Alan,

    pois deveria ter ido. Eu com um guri em casa fui.

    E perdeu um puta show. Daqueles bem puta mesmo. Com direito a centenas de chassis de grilo na entrada, um cara na pista ao meu lado cantando com um bafo de cadáver podre, pessoas suadas, muitas rodas na pista, Megadeth, Megadeth aguante Megadeth em Symphony of Destruction...um guitarrista impecável que não deixa saudade de Friedman e muito menos do monstruoso Glen Drover. Um Mustaine mais ranheta que Lars Ulrich e tão competente quanto um Hetfield.Enfim...deveria ter deixado um pouco da nostalgia do passado trancada no baú e ter visto esse show. O passado bacana já morreu mestre. E são shows como esses que nos fazem reviver um pouco daquilo lá, provando que é no presente que as coisas boas estão.

    Na pior das hipóteses pega um camarote, mas vá.

    E no ZZTOP eu vou bem no estilo velhote do Pandoro que bebe cajú amigo e come coxinha...de cadeira numerada na barba do Reverendo Gibbons.

    Heads up man...

    abraço
    Marcus

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