No fim de 1993, terminando o colegial, o colégio onde eu estudava não fazia uma festa, uma reunião ou mesmo uma pequena cerimônia de fechamento do colegial. Deste modo o xarope aqui resolveu organizar um churrasco de fim de curso para os sobreviventes.

Num repente de loucura, acho melhor, devaneio, combinei com uma amiga para usar a sua chácara, contratei espetinho Mimi e aluguei um ônibus para a turma. 30 e poucos "fecharam" para participar do churrasco. Não sei como meus pais apoiaram a iniciativa uma vez que minha mãe pagou o ônibus e o serviço do Mimi adiantado.
Fiz uma conta maluca e pedi $ 3.500 (não lembro se eram cruzeiros, cruzados ou o que fosse... era o equivalente a 20 dólares, algo como R$ 30-35 hoje) de cada amigo. Todo dia arrecadava os cheques e depositava na conta da minha mãe sem saber se iria pelo menos conseguir pagar os custos.

2 semanas de correria e preparativos e o resultado do "bilsness" foi positivo em 1 pessoa, isto é, lucrei espantosos $ 3.500... que era equivalente a 1 CD!!!
Não pensei muito, sabia o que fazer com essa fortuna: fui na finada Sweet Jane do Carlos na Paulista e voltei para casa com o primeiro objeto que comprei com o dinheiro que eu ganhei na vida: Chaos A.D. que está "furado" de tanto ouvir. Coincidências da vida me possibilitaram conhecer os Furabrejas e ter o privilégio de puxar o saco e encher de perguntas pelo menos 2 xaropes do Chaos!
O que tem o Kairos com a história que escrevi do Chaos? Nada e tudo ao mesmo tempo! (que resposta mais bizarra...)
O Sepultura passou por altos e baixos após o Chaos que todos conhecem. Gosto do Nation e do Roorback, mas não morro de amores por eles. Acompanhei a evolução do Dante XXI e do A-lex de perto, excelentes discos, consigero o Jean responsável pela nova pegada da banda, o mineiro é "bão demais da conta", mas o Kairos chegou como o primeiro disco desde o Chaos que o coloca em perigo de perder o trono da minha preferência dos álbuns da banda. Arrisco dizer que o Roy Z trouxe uma visão diferente que combinou muito bem com o momento do Sepultura. O conceito, as músicas, o capricho do CD (arte, impressão, diagramação, fotos) são sinais de um novo e acredito excelente momento para colocar o Sepultura de volta com os grandes.
Exagero de um fã? Concordo, mas o Kairos, que é filho de Chronos, chegou no "momento certo"!
Para terminar este gigantesco post, vejam que bela foto do Alemão com o Big4. Esta imagem vale mais que milhões de palavras!

jk
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